Silêncio
Meus olhos percorrem as linhas do abandono
Como se retirassem a poeira, as teias de cada linha, de cada palavra
Como se procurasse lá no fundo a ponta do que sobrou de tanto amor
Tanto amor?
Se é que houve amor...
O que houve então?
Me perco, confundo-me
Sinto o cheiro verde do universo que me cerca
O calor das cores do meu momento me tocam
Me fazem bela, me fazem bem
Mesmo assim meus olhos percorrem a poeira dos cantos do meu coração
Que querem meus olhos?
Que buscam meus olhos?
Não sei
Não sei...