Por Mari Arantes
De repente as palavras fogem...
Um turbilhão de pensamentos
O coração há 200.000 por hora
Mas ainda assim as palavras faltam...
As reticências falam por si
Agora reticente...
Pensativa...
Uma confusão gostosa...
Um gelo brincalhão na barriga
Quase cócegas
E não interessa se é madrugada, dia, noite
Algumas coisas são tão plenas, intensas
Ricas em si mesmas
Não precisam de palavras
Só esse borboletar de coisas dentro da gente
O misto de desejo e sabe-se lá o que mais
Não um desejo sórdido, mas uma pulsão pura...
E de repente as palavras chegam em forma de poema
Poema disforme, torto
Um poema meu,
As minhas palavras
A sensação de estar nesse momento completo...
E vai entender os traçados do nosso destino
Se é que existe o destino...
E vai entender os nossos próprios traçados,
As nossas escolhas...
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